sexta-feira, 30 de abril de 2010

A coisa mais carnal e melancólica que fiz na vida

Eu tento evitar vê-lo sorrindo
Pra não estar mentindo quando te digo que não
Eu tento evitar ver os seus olhos
Que me trazem desespero em ver você partir
Meu corpo pede insaciavelmente
Mas daquelas noites quentes
Que me fizeram suspirar
De caos vivo hoje e em ti me perco
e minha pele tem a sede
que seu suor pode matar
mas vivo de infelicidade
corro nas ruas da cidade perdida em minha solidão
e mesmo com nossos sentimentos fortes
nos não tivemos tanta sorte e tenho que te dizer não
saibas que no fundo dos meus planos
queria ter os seus encantos
em todos cafés da manha
mas como um vidro estilhaçado
meu coração ta em pedaços
e meu orgulho é maior
por isso não me peça com a beleza
nem com falsa delicadeza
que eu te de o meu perdão
sei que tu também traz alegrias
e seus lábios que contagiam
também me matam de paixão
mas a vida da uma grande volta
e um dia faço minha historia
sem você ser o principal
amor amado amante meu amigo
prefiro que meu coração velho ferido
saia dessa historia partido
e não me entrego no final
mesmo nessa ânsia de você
eu vou tentar te esquecer
nessa incerteza que é fatal.

Sobre Salvador Dali

Salva a dor dali,
Salva a dor dos olhos,
Resgata devaneios da alma
Chama a minha atenção.

O surreal que reluz nas horas,
Reluz na ilusão de ótica,
Faz metamorfose de narciso revelar-se em mãos.

Será que é um pássaro?
Será que é um cachorro?
Será que Freud explica?
Calma, vou olhar de novo!

Impactante com seus gritos
E borboletas em caravelas
Quebra a idéia de tempo
Demonstra todas as mazelas

Salva a dor dali,
salva as dores do mundo
Cores de outrora
Surrealismo puro!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Preces ao olhar singelo

Durma menina, durma!
Pois o dia amanhece e as angustias também
Mas seu sono trás a mim encantos e gostos
E sonho em reencontrá-los, amem!

Então durma menina, durma!
Sonhe e cante em pensamentos
Viaje em mundos pequenos
Em estrelas, em barcos, em vidas
Até mesmo em alguns pesadelos.

Viaje por vilarejos, por casarões,
Por casebres, por chuva e sol
Conheça realmente o amor,
Conheça realmente a amizade,
Conheça o total esplendor.

Acorde e durma menina!
Com seu semblante que és tão doce,
Com sua face reconfortada
Sem precisar pedir perdão

Acorde e durma menina!
Tenha o amor pela vida
Tenha realmente a esperança
Pois faço preces por ti,a criança
Que tirou toda minha razão.

Coisas do Tempo

O crescimento nos leva a uma estrada sem volta, coisas do tempo!
A estrada nos leva a conquistas e para acontecerem passamos por renuncias
A cada passo de amadurecimento, perdemos a inocência e ganhamos mais confiança em si.
O caminho é complexo e repleto de pessoas que em sonhávamos conhecer
E que hoje já são passado.
Coisas da vida...
Que nos levam a sonhar com o futuro
E lembrar-se do que ficou
As vezes o hoje é tão maravilhoso
Que quando torna-se passado é apenas o que passou
Mas sabemos que a vida é uma dádiva
Sempre queremos pensar adiante
E viver adiante
Atropelando o tempo,escolhendo e renunciando
Com a finalidade de morrer amando!!!

Sobre mim

Que culpa eu tenho se eu sou desafinada,se eu sou exagerada,se eu sou mesmo feliz?
Que culpa eu tenho se eu sou mais que as avessas se eu sou mesmo travessa,se o que eu vivo não te condiz?
Olha aqui preste atenção, nem tudo que parece fútil é em vão, pois eu só vivo!
Se eu sou atrito cabe somente a você decidir
Meu exagero não vem de fora vem da poesia que há em mim,
Vem das historias, vem do sentir, vem da verdade, não do mentir
Se causo rumores, amores, horrores, faço apenas pelo meu viver
Eu sou transparente e inconseqüente, não limito a vida eu deixo seguir
Julgue a vontade, inveje meus risos, pois sinceramente eu não estou em prantos
Exagero na musica, exagero no amor, exagero na vida, até mesmo na dor
Não tenho culpa alguma disso, eu brinco de atriz eu brinco de cantora, eu brinco de poeta, mas sei que sou amadora, amadora na vida, amadora quer bis ,amadora de sonhos, amadora feliz.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O tempo

O tempo acordou e tomou um café com ar de apresado, passou correndo como se fosse o dono do mundo, afoito atrás de coisas que nem sabia o que era foi dividido em horas, minutos e segundos, com a intenção de ser controlado por regras.
O tempo andou anos, décadas, séculos e não parou, nunca parou. Sempre atropelando sonhos, ultrapassando tristezas, sobressaindo angustias, realmente o tempo é invencível.
Um dia ouvi dizer “aquele menino parou no tempo”, mas como assim se o tempo não parou?
O tempo sempre anda, no compasso, no relógio, nas faces, nos números. Alguém ai já conseguiu ultrapassar o tempo? Sinceramente eu duvido, sempre tentamos avançar na vida sem a permissão do tempo. O que acontece? La vem o brincalhão e prega uma peça em você, e assim você chora,você sofre,sente que fez algo errado e sabe que de uma forma ou de outra você terá que esperar a decisão do tempo sobre sua vida.
Todos dizem que amadurecimento, vem com o tempo, crescimento vem com o tempo, à sabedoria vem com o tempo e porque nunca nos contentamos com o tempo que está presente? Será que é por que não estamos maduros?
Sempre queremos ultrapassar o hoje tentando prever o futuro ou tentando viver o futuro, ou vivendo o passado recriando um passado então por que não viver o hoje? Falando em hoje, deu na previsão do tempo que é dia de sol, pra você vê ate na temperatura o tempo manda e não adianta fugir, ou correr, ou ultrapassar ou parar, todos sabem que é fato, que o tempo te espera.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Solidão

Procuro a solidão, sim procuro a solidão
Sei que ela fere
Assusta
Mas e ai porque não?
Eu saio nesse mundo
Eu quero esse mundo
Entrego-me a esse mundo
E acabo em solidão
Digo que a verdade
Está no coração
Quero um grande amor
Mas lá vem decepção
Entrego-me a sonhos
E acordo em ilusão
E volto para o mundo
Que é certo
A solidão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A"corda"dos de vida

Sinto que na vida há cordas
Com notas de Dó a Si maior
Todo mundo esta acordado??
Errado... Errado!!
Tem gente que ainda nem sonhou

Ré lembrando um pouco de historias
Me pego em casas de visões sustenidos da memória
Que morreu bemol .
Lá em sentimentos diminutos...

Talvez eu seja um traste
Talvez uma clave...
Uma cifra..
Uma partitura de fragmentos da vida

Ou apenas notas soadas em Fascínio
De um harmônico em casas de profundezas de uma multidão solitária
Que se ofusca em primaveras, outonos e invernos.
Mas que volta quando o sol se abre lá pras bandas do verão.

Ela e o Vento

Eu sempre soube!!!
Era ela que controlava o vento
Em dias que aparentava triste
As tempestades invadiam o céu obstruindo o brilho radiante do sol

Em dias de risos saltitantes borboletas dançavam
Numa brisa que sempre trazia paz
Era de poucas palavras
Mas suas linhas mostravam o amor pela liberdade

Conseguia absorver uma coisa que quase ninguém percebia
O falar do vento
Eram mais que dois amigos
Eram um só

A magia nos jardins
O equilíbrio daquele amor
Os sinais no céu azul
Contemplavam os seus desejos

E com preces tão sinceras que ela soltava pelo ar
Naquele dia entre as rosas
Ganhou asas do infinito
E com o vento foi morar