domingo, 23 de maio de 2010

Alma ofegante

Ofegante é o desejo dos sentimentos que rasgam meu peito
Palpita a alma que esboça indecisão, e por fim se afasta do fogo do amor
Afasta-se por receio, receio da dor, receio do fim
Alma incrédula do amor eterno, caminha na vida evitando sentir

Angustiada suspira perdendo a direção
A alma aflora os sonhos em vão
Acalma-se em tempos que o amor corre longe
Desespera-se quando sente o corpo sentir

Eu nao sei fazer a Bossa.

Ai de mim, o ser cantante de outrora
O ser que ama as historias
Mas não sabe fazer bossa.

Ai de mim, que vibra com a linda gloria
O barquinho a deslizar,
Mas eu não sei fazer a bossa.

O banquinho e o violão,
A harmonia da canção
Tempos bons
De Tom Jobim, João Gilberto
E assim eu entreguei meu coração.

Aflita atiro-me a luta,
Das harmonias diminutas
Do envolvimento
Da labuta,
Da essência sem razão.

Mas mesmo com a grande idéia
Do violão a disposição
Não consigo com os dedos
Integrar-me a canção.

sábado, 22 de maio de 2010

Confissões

O que é olhar pra trás e pensar que tudo passou tão rápido,
Sempre quis entrar numa faculdade, estudar psicologia e ser apenas uma mera pessoa comum.
Engano meu, como queremos enganar a nós mesmos?
A criança que mora em mim pede arte à vida inteira, mesmo fugindo do próprio eu, acaba ultrapassando as barreiras até mesmo o acaso.
O mundo me colocou num útero por 19 anos,andei,vivi,namorei,sofri, aprendi e ai foi à hora de partir.
Nesses 19 anos sempre fui imatura, dependente e achava que tudo e todos não me fariam mal, sempre tive uma família acolhedora, mãe presente, casa, e tudo mais.
O acaso resolveu estourar a bolsa, e romper o cordão umbilical, hoje vivo a 2.000 km da minha vida real, as vezes penso que é um sonho,as vezes penso que estou na lua,bom as vezes eu nem penso.
Tranquei meu curso no 5° período, larguei minha casa, minha família, meus gatos, e se alguém me perguntar o porquê estou aqui, eu não saberei responder, não mesmo.
Se alguém me perguntar se é por um sonho,eu acho que responderia que ultrapassa a isso,a arte,a musica esta muito mais presente em mim do que eu possa controlar,e sonho são ideologias.
Se alguém me perguntar se eu me arrependo, ou me arrependerei um dia direi que não, estou aprendendo a engatinhar sozinha, lutar sozinha e conhecendo o mundo com outros olhos.
E como um bebe facilmente esboço sorrisos, esboço curiosidade, lentamente vou reconhecendo rostos, vou descobrindo novos gostos, novos cheiros, novos sons...
Nova vida!!!



Rio de Janeiro 22 de Maio de 2010.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A dança da menina

Dança ,dança, dança
A valsa que enfeita os olhos menina
Leva meus aplausos
Leva meu sorrir
Passos que se perdem em sentimentos de euforia
Passos que se comparam ao abrir da primavera
Será que cairei dos sonhos?
Será que conseguirei subir aos céus?
Será que teu olhar é um caminho a seguir?
Diz que sim menina! Diz
Diz que teus passos leves já convêm com meu sentir
Canta com as mãos sua leveza, seu florir
Será que nessa dança sairei sem me ferir?
Será que continuo a vida ao ver você partir?

O querer!

Eu quero bem mais que posso
Eu quero matar a sede
Eu quero cair no abraço
Eu quero seu corpo quente

Eu quero a indecisão
Pra manter a razão freqüente
Eu quero sentir o medo
Eu quero o sussurrar da gente

Eu quero o amor profundo
Eu quero esquecer a mente
Eu quero ter o meu espaço
Mas quero mergulhar na gente

Eu quero todo o seu sexo
Eu quero todo o seu amor
Eu quero todas suas brigas
Eu quero te matar de amor

Eu quero tua incoerência
Eu quero todo seu pavor
Eu quero toda sua razão
Eu quero ser o seu amor

Eu quero ter os seus olhos
Eu quero ter o seu sorrir
Eu quero ter a sua voz
Eu quero ter o seu partir

Eu quero toda sua alegria
Eu quero todo seu sofrer
Eu quero ter você no hoje
Ou enquanto durar o querer!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

sonhos de papel

As vezes sonho em ser criança
As vezes sonho em voar
Quero ir lá fora e ver a dança
E os passarinhos a cantar

Serei princesa colorida
Eu andarei de carrossel
Passearei pra ver a vida
E sairei desse papel


Sim eu vou viver um pouco de esperança
Que chega lá do céu
Sim eu vou sentir
O brilho do luar
Que irá me iluminar
Correrei feito menino que contente vai sorrindo
Sem ao menos entender
Saltear naquela dança
Bailarina da esperança de um dia ser feliz

Já apagaram meus caminhos
Já coloriram meu olhar
Mas mesmo assim estou sozinho
Pois eu não posso me expressar

Pois o meu sentido
E o meu coração
Só eu sei entender
Quem me olha vê meus traços
Os meus olhos e meus braços
Mas não o meu amor
Que se enfeita de esperança de um dia ser criança
Correr no mundo e brincar
Saltear naquela dança bailarina da esperança
E enfim me encontrar

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Blablablá

Dia de lua
Noite de sol
Vento que molha
Chuva q se foi embora
Num barquinho de papel

Um mar de estrelas cadentes me faz
Lembrar de coisas que nunca pensei
Que podia pensar em pensar
Em sonhos
Com voce!!

Coração canta e o ar que falta
Faz tempestades cair em um copo de água de imaginação
E sonhos que vem e vão

Mas sei que isso passa e atrás da vidraça desse aquário esta
Um pode de ouro o meu tesouro
Um amor que me espera a voar

Tudo passa só não passa meu amor
Tudo passa só não passa meu amor
Só não passa meu amor
Só não passa meu amor
Só não passa meu amor

Alem das cores

A pintura do palhaço ecoa em uma alma confusa, o espelho reflete aventura
A vida desprende-se do que realmente existe
Sobe e arranha-céu, atira se a alegria
E cai em seu próprio caos
Cala-se em risos
Grita em seus próprios prantos
Abusa das entrelinhas da corda bamba
Retrai-se em timidez
Alegra-se ao despir - se das cores
Procura saber realmente quem é
Aflige-se a procura do saber o que realmente é?
Desprende-se do que te prende
Das idéias de ser super herói
Do peso de ser super herói,
Da multidão que te evoca
Um coração apertado corta o peito pra voar pra vida simples
Vida calma
Aplausos gráceis
Notas
Harmônicos
Sem tantos gritos
Sem o discurso
Afagos simples
Cores mais neutras
Poesia que encanta
Modéstia
Ser essência da canção!
Apenas ...canção!

O ser estar

O meu relógio já não funciona mais
O que será que aconteceu?
Planos mal varridos que invade meu silencio
Abusam da memória que evadi ao breu

Sonhos que as vezes eu encontro no espelho
Fabricam nostalgias que não rendem mais
Entre restos de calunias , descaso e desespero
Metamorfose entre o ser e estar

Quadros abstratos na parede do meu quarto
Apontam pra minha face que já tanto faz
Fecho os meus olhos e eu rasgo o calendário
Metamorfose entre o ser e estar

Gestos mal traçados já sucumbem ao desprezo
O que pensar sobre o que vira?
Calo-me a diante do futuro que não vejo
Pois sou metamorfose entre o ser e estar

Há uma alma em mim?

A alma que indaga o corpo pra viver
O corpo age a alma aflige-se
Ou ao contrario?
O que realmente fazer com a alma?
Quem realmente inventou a alma?
O corpo?
Deus?
Os pensamentos?
Os sentimentos?
Questionamentos?
Fragmentos de conflitos?
Eu não sei dizer.
Palavras?
A sociedade?
Uma forma de jogar o peso das coisas pra irracionalidade?
Uma forma de achar um peso pras coisas da irracionalidade?
Instintos?
Impulsos?
Paradoxos?
Eu não sei dizer
O que fazer com a alma?
Enlatar em um corpo regido por um senso comum?
Colocá-la em cara a tapa em grupos de zumbis?
Eu não sei dizer.
Eu realmente não sei dizer.
Mas se a alma existe em algum ponto do corpo
Onde ela se esconde?
Porque não é palpável?
Porque comporta tantos sonhos?
Se não se tem nem ao menos tamanho?
Eu não sei dizer
Realmente eu não sei dizer.

domingo, 2 de maio de 2010

Indecisão

O meu amor me perdeu pra madrugada
As vezes sei que estou errada
Mas a lua me ganhou
Escuto historias desconexas
As mentiras mais sinceras
E penso muito bem se vou voltar
Mas sei lá, sei lá
O mar que me cobre de esperança
Me faz entrar naquela dança e esquecer de te esquecer
A rua me trás a grande idéia de ficar de noite
Na platéia do céu e esperar amanhecer
Pra resolver e nada resolver.